O 1º dia do mês de abril é conhecido pelas "pegadinhas" e "brincadeiras"
O Dia da Mentira, também conhecido como Dia dos Tolos ou Dia dos Bobos, é celebrado em 1º de abril desde a instituição do Calendário Gregoriano no século 16. A mudança do Calendário Juliano para o Gregoriano, determinada pelo Concílio de Trento, alterou o início do ano para 1º de janeiro. Aqueles que resistiram à mudança e continuaram celebrando o Ano Novo no final de março foram apelidados de “tolos de abril”. No Brasil, a data começou a ser celebrada após uma “brincadeira” envolvendo Dom Pedro 1º. Além disso, a data tem similaridades com festivais como a Hilária, da Roma Antiga, realizada em 25 de março, ou a celebração do Holi na Índia, que termina em 31 de março, que podem tê-la influenciado.
Por que as pessoas mentem?
As pessoas mentem por diversos motivos. A mentira pode ser usada como uma estratégia adaptativa e evolutiva para manter o contato social. As causas geralmente estão ligadas a fatores psicoemocionais complexos como ansiedade, medo, insegurança e frustração. Além disso, a mentira pode ser usada para obter algo em troca, facilitar a adequação a um grupo, esconder alguma dificuldade ou evitar constrangimentos. Outros motivos incluem evitar julgamentos ou sentir vergonha, evitar punições, para se proteger de retaliações, obter recompensas, impulsividade e descuido, sentir prazer em enganar os outros, sem razão aparente, apenas porque gosta – mentiras compulsivas, e manter informações pessoais em sigilo.
História da data
Acredita-se que o Dia da Mentira surgiu na França, quando parte da população se recusou a aceitar que o Ano Novo não começaria mais na Páscoa, mas sim em 1º de janeiro. A alteração ocorreu a partir de agosto de 1564, quando foi promulgada pelo rei francês Carlos 4º. No Brasil, o 1º de abril chegou até a realeza. Em 1828, o jornal mineiro “A Mentira” foi publicado pela primeira vez, trazendo na manchete o falecimento de Dom Pedro 1º — uma mentira completa, já que o monarca faleceu anos depois, em 24 de setembro de 1834, em Portugal. A tradição de 1º de abril remonta à instituição do Calendário Gregoriano, que substituiu o Calendário Juliano por determinação do Concílio de Trento.
Verdade e mentira na vida cotidiana
Embora o Dia da Mentira seja uma data de brincadeiras e pegadinhas, também nos oferece a oportunidade de refletir sobre a natureza da verdade e da mentira em nossas vidas cotidianas. A distinção entre verdade e mentira é um tema intrincado que permeia não apenas o discurso filosófico, mas também a vida cotidiana e as interações sociais. A relação das pessoas com a mentira e a verdade é ambivalente. Como regra geral, todos dizemos (ou acreditamos) preferir a verdade. Mas quando a verdade que ouvimos ou compartilhamos é dolorosa ou complicada, pode gerar um grande conflito psicológico. A mentira permeia todos os aspectos da nossa vida. Ainda assim, apesar de sua onipresença, a maioria de nós não é muito boa em detectá-la.
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