Declaração Anual de Rebanho segue até 30 de junho e deve ser feita por todos os produtores rurais do RS
- Andrei Nardi
- 16 de abr.
- 2 min de leitura
Em entrevista no programa Olho Vivo desta quarta-feira (16/04), Joline Dalla Vecchia detalhou obrigações, prazos e consequências do não cumprimento
Getúlio Vargas (16/04) – Em entrevista ao programa Olho Vivo, da Rádio Sideral, na manhã desta quarta-feira (16/04), a médica veterinária Joline Dalla Vecchia reforçou a importância da Declaração Anual de Rebanho 2025, que segue aberta até o dia 30 de junho. A medida é obrigatória para todos os produtores rurais que possuem animais cadastrados em propriedades do Rio Grande do Sul.
“Esse período, além da declaração de rebanho, também é obrigatório para a atualização cadastral dos produtores, principalmente telefone, inscrição estadual e outras informações que possam ter mudado”, explicou.
Dados impactam políticas públicas e financiamentos
Durante a entrevista, Joline destacou que os dados coletados são fundamentais tanto para a formulação de políticas públicas quanto para processos individuais como financiamentos bancários e aposentadorias:
“Sem saber a população animal que temos no interior, fica impossível prever políticas públicas que incentivem o setor. E, individualmente, essas informações são usadas para custeio pecuário, imposto de renda, aposentadoria e emissão de documentos.”
O que declarar e quais documentos levar
Segundo a médica veterinária, os produtores devem apresentar documento com foto (com CPF), inscrição estadual e uma lista detalhada de animais. A conferência é feita com base no saldo anterior e em ocorrências como nascimentos, mortes ou abates não registrados via guia de trânsito.
“Tudo que aconteceu dentro da propriedade e não envolveu emissão de documento precisa ser informado no momento da declaração.”
A obrigatoriedade inclui bovinos, suínos, equinos, caprinos, ovinos, aves, peixes e abelhas. Até mesmo animais mantidos para consumo próprio, como galinhas ou um cavalo para lazer, devem ser declarados.
Baixa adesão nos primeiros dias
Apesar do início animador, Joline relatou que os números ainda são baixos:
“Estamos com cerca de 15% das declarações feitas. Em Getúlio Vargas o índice está um pouco melhor, mas ainda longe do ideal. Pedimos que não deixem para a última hora.”
Ela também reforçou que o posto de Estação está reaberto desde 5 de março, no mesmo local de sempre — junto aos talões, ao lado da Emater, no andar inferior da Prefeitura.
Produtor inadimplente pode ser multado
Quem não fizer a declaração dentro do prazo pode ter a propriedade bloqueada e sofrer sanções administrativas:
“O produtor fica impedido de movimentar os animais, tanto para compra quanto para venda, e ainda pode receber multa.”
Alerta sanitário para raiva em herbívoros
Durante a conversa, Joline também alertou para a presença de morcegos hematófagos infectados com o vírus da raiva na região de Passo Fundo. Apesar de a situação não atingir diretamente os municípios da região norte, como Getúlio Vargas, Estação ou Ipiranga do Sul, o monitoramento é essencial.
“Se houver mordedura em bovinos ou equinos, a inspetoria deve ser notificada imediatamente. A presença de morcegos em forros de casas não representa risco direto — esses animais se alimentam de frutas ou insetos.”
Para afastar morcegos, a orientação é instalar iluminação ou telhas translúcidas nos locais utilizados como abrigo.
“A vacina antirrábica não é obrigatória, mas é recomendada como prevenção. Quem optar por vacinar deve aplicar a segunda dose 21 dias após a primeira.”
Dúvidas podem ser esclarecidas pelo WhatsApp da Inspetoria de Defesa Agropecuária pelo número (54) 3341-4308.

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