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Copom mantém Taxa Selic em 15% ao ano e interrompe ciclo de alta de juros

  • Foto do escritor: Andrei Nardi
    Andrei Nardi
  • 31 de jul.
  • 2 min de leitura

Decisão unânime era esperada pelo mercado, mas comunicado aponta incertezas com política comercial dos EUA e não descarta futuras elevações

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu por unanimidade manter a Taxa Selic, juros básicos da economia, em 15% ao ano. A decisão, que era esperada pelo mercado financeiro, interrompe um ciclo de sete altas consecutivas e ocorre em um cenário de recuo da inflação e início de desaceleração econômica. Apesar da manutenção, o comitê expressou cautela e não descartou a possibilidade de retomar o ciclo de ajuste caso seja necessário.

Incertezas e comunicado

Em comunicado, o Copom afirmou que a política comercial dos Estados Unidos aumentou as incertezas e que, por isso, reforça a postura de cautela. “O comitê tem acompanhado, com particular atenção, os anúncios referentes à imposição pelos Estados Unidos de tarifas comerciais ao Brasil, reforçando a postura de cautela em cenário de maior incerteza”, afirmou o comunicado. O texto acrescenta que o Copom “seguirá vigilante, que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados e que não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso julgue apropriado”. A taxa de 15% é a mais alta desde julho de 2006, quando estava em 15,25% ao ano.

Cenário da inflação

A Selic é o principal instrumento do BC para controlar a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que recuou para 0,24% em junho. Mesmo com a queda, o indicador acumula alta de 5,35% em 12 meses, acima do teto de 4,5% da meta de inflação. Pelo novo sistema de meta contínua, o alvo para a inflação é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual. O IPCA-15 de julho, que funciona como prévia da inflação, veio acima das expectativas. No último Relatório de Política Monetária, o BC previu o IPCA de 2025 em 4,9%, enquanto o mercado, via boletim Focus, projeta 5,09%.

Projeções para a economia

Juros mais altos encarecem o crédito, desestimulam o consumo e a produção, mas ajudam a conter a inflação. A manutenção da Selic em patamar elevado ocorre enquanto o Banco Central projeta um crescimento de 2,1% para a economia em 2025, e o mercado financeiro prevê uma expansão de 2,23% do Produto Interno Bruto (PIB). A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia.

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