Continente americano corre risco de surtos de sarampo devido à baixa cobertura vacinal

A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) alerta para o risco de surtos de sarampo na América, com base em estimativas de que mais de 1,7 milhão de crianças em 28 países e territórios das Américas não receberam sua primeira dose de vacina contra o sarampo. A vacina tríplice viral é a principal forma de prevenção da doença, que é altamente contagiosa e pode ser grave. Em 2016, o Brasil recebeu o certificado de eliminação do sarampo da Organização Mundial da Saúde (OMS), mas desde 2018 o vírus voltou a circular no país. Com a baixa cobertura vacinal, a Opas emitiu um alerta instando os países das Américas a atualizarem seus planos de resposta para prevenir o restabelecimento da transmissão do vírus. A vacinação e a vigilância epidemiológica das doenças evitáveis por vacinação são serviços de saúde essenciais e não devem ser interrompidos.

Em 2019, o número de casos de sarampo no Brasil chegou a 18.203, sendo que 15 pessoas morreram em decorrência da doença. Esse aumento significativo foi atribuído à queda da cobertura vacinal, que foi reduzida para menos de 95% da população-alvo em algumas regiões do país. A vacinação é a medida mais eficaz para prevenir a doença e deve ser priorizada, especialmente em casos de surto.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, somente em 2019, foram notificados 18.203 casos suspeitos de sarampo, com 1.087 casos confirmados. Em 2020, foram 11.448 casos suspeitos e 6.760 casos confirmados. Em 2021, até o momento, foram notificados 39.236 casos suspeitos, com 13.603 casos confirmados e 15 óbitos.

É importante destacar que a vacinação é a principal forma de prevenção contra o sarampo e que a vacina tríplice viral está disponível gratuitamente nos postos de saúde para pessoas de todas as idades. Neste ano, segundo divulgado pelo Ministério da Saúde, haverá uma etapa de multivacinação de poliomielite e sarampo nas escolas. A taxa de eficácia da vacinação contra o sarampo é de cerca de 97%, sendo fundamental que a população esteja atenta à atualização do seu calendário de vacinação.