A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou na sexta-feira (29) que a bandeira tarifária verde continuará em vigor em outubro. Isso significa que não haverá cobrança extra nas contas de luz no próximo mês.
Segundo a Aneel, a decisão se deve às boas condições de geração de energia no País. Com as chuvas, os reservatórios das usinas hidrelétricas estão cheios e não é preciso acionar as termelétricas, que são mais caras.
O diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, explicou em nota que a energia está mais barata por causa da maior participação das hidrelétricas, que têm um custo menor do que outras fontes. Ele também destacou o avanço das usinas eólicas e solares, principalmente no Nordeste.
A bandeira verde está em vigor desde setembro de 2021 e vale para todos os consumidores do Sistema Interligado Nacional (SIN), que abrange quase todo o país. A expectativa da Aneel é que as contas sigam sem taxa extra até o fim do ano.
As bandeiras tarifárias foram criadas em 2015 pela Aneel para refletir os custos variáveis da geração de energia elétrica. Elas indicam quanto custa para o SIN gerar a energia usada nas residências, comércios e indústrias.
Quando a bandeira é verde, não há acréscimo. Quando é vermelha ou amarela, há um aumento que varia de R$ 2,989 (amarela) a R$ 9,795 (vermelha patamar 2) a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. No período em que vigorou a bandeira de escassez hídrica, de setembro de 2021 a 15 de abril de 2022, o acréscimo era de R$ 14,20 a cada 100 kWh.
O SIN é dividido em quatro subsistemas: Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte6. Algumas partes da Região Norte e de Mato Grosso, além de todo o estado de Roraima, ficam fora do SIN. Há 212 localidades isoladas do SIN, onde o consumo é baixo e representa menos de 1% da carga total do país. Nessas regiões, a energia é fornecida principalmente por térmicas a óleo diesel.
