top of page

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Conab avalia impacto das enchentes no abastecimento de frutas e hortaliças no Rio Grande do Sul

A situação adversa afeta o plantio, escoamento e comercialização desses produtos, segundo o 5º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro

 

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou uma avaliação sobre a situação do abastecimento de frutas e hortaliças no Rio Grande do Sul, destacando as consequências das condições extremamente adversas para o plantio, escoamento e comercialização desses produtos. A análise, que conta com informações de entidades representativas do setor, como as Centrais de Abastecimento do Rio Grande do Sul (Ceasa/RS), Ceasa Serra ADCOINTER – Caxias do Sul e a Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater/RS), foi publicada no 5º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort) na segunda-feira (20).

Segundo a publicação, as operações comerciais realizadas na Central de Abastecimento (Ceasa) do Rio Grande do Sul, na capital Porto Alegre, foram transferidas para a cidade de Gravataí devido às inundações. No entanto, os problemas logísticos dificultam a chegada dos alimentos à Central e a capacidade dos consumidores de se abastecerem e retornarem aos seus estabelecimentos comerciais para oferecerem os produtos à população. Por outro lado, a Ceasa em Caxias do Sul está operando normalmente, pois não foi atingida pela inundação. No entanto, o volume comercializado está menor, uma vez que muitos produtores foram afetados pelas enchentes.

Com relação à produção de alimentos, para as folhosas, segundo a Emater/RS, o cenário em diversas regiões do estado é de impacto negativo devido ao longo período chuvoso, com alagamento em algumas regiões produtoras. Até mesmo em ambientes protegidos, o desenvolvimento tem sido comprometido pela elevada umidade e baixa luminosidade. Outro problema é a impossibilidade de realizar o manejo das áreas para a reconstrução de canteiros na maior parte do período. Há perdas de solo, nutrientes e matéria orgânica. Na Fronteira Oeste, os produtores de alface de Uruguaiana relatam perda de 50% da produção em função do longo período chuvoso.

Para as frutas, uma das preocupações são com os citros. De acordo com a Emater/RS, em Santa Rosa, grande parte das plantas cítricas apresenta carga e frutos pequenos, além da presença de cochonilha, ácaro e pulgão. No município há oferta de variedades precoces de bergamota Okitsu, Ponkan e Satsuma e de laranja do céu. Já em Soledade, verifica-se atraso no desenvolvimento e na maturação de frutos por falta de luminosidade, além de baixa qualidade.

Apesar dos problemas de logística e produção encontrados na Ceasa-RS – Porto Alegre, a maioria dos produtos teve a cotação dos preços estáveis no comparativo com os preços anteriores às enchentes. As altas mais destacadas, no dia 15/05/24, foram da rúcula, couve, morango e beterraba. Já na Ceasa Serra, em Caxias do Sul, a partir dos dados informados ao Prohort, na média das cotações coletadas no dia 7 e 14 de maio, de 48 produtos acompanhados, 35 tiveram alta, 4 mantiveram os preços e 9 tiveram queda quando comparados com abril.

Outras informações sobre o panorama de abastecimento de frutas e hortaliças no Rio Grande do Sul após as enchentes, bem como sobre a comercialização em abril de frutas e hortaliças no setor atacadista, podem ser encontradas no boletim publicado na página da Companhia.

Komentáře


VEJA TAMBÉM

bottom of page