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Comitê de crise é criado para apoiar RS após ciclone extratropical

Para auxiliar o Rio Grande do Sul na recuperação dos serviços de telecomunicações e nas ações humanitárias nas áreas afetadas pelo ciclone extratropical, que atingiu grande parte do estado no começo do mês, o Ministério das Comunicações instituiu um comitê de crise. A portaria que cria o colegiado foi publicada nesta quarta-feira (13), no Diário Oficial da União e determina que o comitê atuará até que a situação seja totalmente normalizada na região, sem prazo definido.

O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, afirmou que a comunicação é essencial para que as equipes de apoio humanitário possam trabalhar e que é um direito que deve ser assegurado a todos. “Não iremos descansar enquanto não estiver assegurada a volta à normalidade para a região Sul", declarou.

O desastre natural, que ocorreu no dia 4 de setembro, afetou 98 municípios no estado e causou 47 mortes, até o balanço divulgado pela Defesa Civil, nesta manhã. Nove pessoas estão desaparecidas e 342.605 precisam de assistência.

Nos primeiros dias após o ciclone, o número de pessoas desabrigadas chegou a 4.794, mas com a chegada da ajuda, esse número já diminuiu para 2.318. O Ministério das Comunicações informou que 39 cidades tiveram o sinal de telefonia móvel afetados, que foram restabelecidos nos dias seguintes. Além disso também foram instaladas 13 antenas de conexão banda larga via satélite nos municípios de Encantado, Roca Sales, Muçum, Santa Tereza, Lajeado e Arroio do Meio, com o objetivo de melhorar a conectividade durante o processo de reconstrução da região.

O comitê de crise será coordenado pelo ministro das Comunicações, e contará com a participação de outros seis integrantes da pasta, além de dois representantes da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e dois da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos.

O grupo tem como objetivos coletar informações e estabelecer prioridades sobre os danos causados aos sistemas de telecomunicações, além de coordenar doações e a prestação de apoio logístico para o atendimento das necessidades da população atingida pelos efeitos do ciclone.

Segundo o ministério, uma primeira reunião emergencial já mobilizou o setor de telecomunicações e envolveu as empresas que operam na região. De acordo com a pasta, além das ações emergenciais, como a liberação do roaming (área de cobertura) e o restabelecimento dos serviços, as operadoras também estão contribuindo com os seus braços sociais em ações humanitárias como doação de água, alimentos e roupas.


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