A partir deste sábado (1º/04), está liberada a colheita e venda do pinhão no Rio Grande do Sul, segundo a lei estadual nº 15.915/22. A Serra Gaúcha é a principal produtora de pinhão no Estado, com destaque para as regiões dos Campos de Cima da Serra e Hortênsias, onde a semente é fundamental na composição da renda das famílias que trabalham com o extrativismo.
De acordo com a Emater/RS-Ascar, a produção de pinhão na região da Serra em 2023 deverá apresentar variações entre os municípios. As estimativas iniciais apontam para uma safra semelhante à do ano passado ou com uma redução de 10 a 30% na produção. Esse cenário se deve às condições climáticas ocorridas no período de desenvolvimento das pinhas, especialmente as estiagens que vêm se repetindo nos últimos anos, aliadas à alternância de produção, que é uma característica da espécie.
As variedades mais precoces estão em maturação e debulha, enquanto as mais tardias estão em desenvolvimento da semente. As pinhas e os pinhões apresentam boa qualidade e sanidade, com tamanho mediano.
Toda a colheita é manual e a cadeia produtiva apresenta poucas iniciativas de beneficiamento, industrialização e armazenamento, concentrando-se a comercialização no período que vai de abril a junho. O preço mínimo pago para o extrativista de pinhão neste ano, conforme a Portaria do Mapa (nº 534, de 19/12/22), é de R$ 4,05/Kg.
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