CBF afasta assistente acusado de assédio por jogadoras do América-MG durante jogo em Bento Gonçalves
- Andrei Nardi
- 25 de mar.
- 2 min de leitura
Caso foi registrado após partida do Brasileirão Feminino; entidade pediu investigação ao STJD e à polícia
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) confirmou o afastamento do assistente de arbitragem Claiton Tim, após denúncia de assédio feita por quatro atletas do América-MG. O caso teria ocorrido no sábado (22), durante a partida contra o Juventude, pela primeira rodada do Campeonato Brasileiro Feminino A1, disputada no estádio Montanha dos Vinhedos, em Bento Gonçalves.
Declarações motivaram denúncia
Segundo apuração de ZH, antes do início da partida, o assistente teria feito comentários de cunho sexual ao se comunicar via rádio com outro integrante da equipe de arbitragem. A fala atribuída a ele foi: “vou pegar o WhatsApp de algumas jogadoras, porque elas estavam lisinhas”, em referência à depilação das atletas.
Durante o segundo tempo, o mesmo profissional teria feito outro comentário, ao dizer que uma jogadora que passava mal “estava grávida desde o ano passado”, após uma atleta adversária reclamar que a situação se repetia em partidas anteriores.
Denúncia foi registrada na delegacia
Após o fim do jogo, quatro jogadoras do América-MG procuraram a Força Tática da Brigada Militar, que fazia o policiamento da partida, e manifestaram o interesse em registrar ocorrência. Elas foram até a Delegacia de Polícia de Bento Gonçalves, onde prestaram depoimento formal sobre o caso.
CBF e FGF se manifestam
A Comissão de Arbitragem da CBF divulgou nota informando o afastamento imediato do assistente Claiton Tim, filiado à Federação Gaúcha de Futebol (FGF). A entidade afirmou que, se confirmadas as acusações, ele será banido da arbitragem e que solicitou apuração rigorosa ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e às autoridades policiais.
“A CBF reafirma seu compromisso no combate ao assédio e também contra todo tipo de preconceito no futebol”, informou a nota.
A FGF e a Comissão Estadual de Árbitros de Futebol do Rio Grande do Sul (Ceaf/RS) também se pronunciaram, destacando que acompanham os desdobramentos e reiterando o compromisso com o enfrentamento ao assédio e à discriminação.

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