Iniciativa atenderá escolas públicas com investimentos em tecnologia, letramento digital e educação científica
Professores do Campus Sertão do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) estão à frente da implementação do programa ConectaRS, que visa implantar laboratórios maker em escolas públicas. O projeto integra o programa “Mais Ciência na Escola”, promovido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em parceria com os Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e da Educação (MEC).
A proposta do ConectaRS foi a segunda mais bem colocada no Rio Grande do Sul e será realizada graças a um acréscimo de recursos no programa, totalizando um investimento de cerca de R$ 2 milhões. A iniciativa conta com a participação do IFRS, da Universidade Federal de Rio Grande (FURG) e da Universidade Federal de Pelotas (UFPel).
No município de Sertão, dois laboratórios serão instalados: um na Escola Municipal de Ensino Fundamental João Antônio de Col e outro na Escola Estadual Engenheiro Luiz Englert. A equipe local, composta pelos professores Gabriel Paniz Patzer, Maria Tereza Bolzon Soster e Carlos Mário Dal Col Zeve, será responsável por liderar as ações, que incluem a reforma e adaptação das escolas, aquisição de equipamentos como impressoras 3D e robótica, e formação de professores e estudantes.
Inovação na educação e impacto social
Os laboratórios maker serão espaços de criação e experimentação, conectando os currículos escolares às práticas científicas e tecnológicas. Entre as tecnologias que serão disponibilizadas estão corte a laser, robótica educacional, inteligência artificial e realidade aumentada.
Segundo Maria Tereza Bolzon Soster, a iniciativa promoverá práticas interdisciplinares e maior integração entre escola e comunidade. “O impacto não será apenas na escola, mas em toda a comunidade. Outras escolas também poderão utilizar os laboratórios, fortalecendo a troca de experiências entre professores e estudantes”, explica.
Educação conectada ao futuro
Com duração prevista de dois anos, o ConectaRS abrangerá 45 escolas em diferentes regiões do Rio Grande do Sul, incluindo norte, serra, metropolitana e sul. Além de melhorar o letramento digital e a educação científica, o programa busca combater a desinformação e preparar os estudantes para desafios futuros.
“A ideia do laboratório maker vem auxiliar na proposta de que qualquer escola, seja rural, multiseriada ou urbana, pode educar para o mundo e ser emancipatória”, afirma Maria Tereza. As ações também visam desenvolver a autonomia das escolas para que os laboratórios se tornem centros de inovação sustentáveis após o término do programa.
O projeto, coordenado pelo professor Serguei Nogueira, do Campus Rio Grande, reforça o papel da educação pública como ferramenta de transformação social e desenvolvimento regional.

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