País registra apenas 84,6% de imunização em crianças menores de 1 ano em 2023, segundo dados oficiais
Desde 2016, o Brasil tem enfrentado uma queda nas taxas de cobertura vacinal contra a poliomielite, não alcançando a meta de 95% de crianças imunizadas estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Em 2023, a cobertura vacinal em crianças menores de 1 ano no país foi de 84,6%, conforme informado pelo Ministério da Saúde.
Victor Bertollo, infectologista e chefe da Assessoria de Mobilização Institucional e Social para Prevenção de Endemias da Subsecretaria de Vigilância à Saúde do Distrito Federal, explicou que a meta de vacinação é baseada em dados epidemiológicos e de transmissibilidade do vírus, além da imunidade conferida pelas vacinas. "Precisamos de uma cobertura vacinal alta para atingir o limiar onde o vírus não consegue mais se disseminar na população", afirmou Bertollo.
Embora o Brasil tenha erradicado o poliovírus selvagem desde 1989, o vírus ainda circula em outros países. Eder Gatti, diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, destacou a importância da vacinação contínua. "A poliomielite causou paralisia e morte em crianças por décadas. A doença foi eliminada aqui graças à vacinação, mas ainda existe no mundo e pode ser reintroduzida no Brasil", alertou Gatti.
O calendário vacinal contra a poliomielite no Brasil inclui três doses injetáveis aos 2, 4 e 6 meses de idade, além de duas doses de reforço com a vacina oral bivalente. O Ministério da Saúde reforça que a imunização é essencial para manter o país livre da doença, e as vacinas estão disponíveis durante todo o ano nos postos de saúde.
Para garantir a proteção vitalícia e segura das crianças, os pais são incentivados a procurar unidades básicas de saúde para verificar a caderneta de vacinação e aderir ao Movimento Nacional pela Vacinação.
Mais informações podem ser encontradas em: gov.br/vacinacao.
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