NOAA alerta para risco de 2023 ser o ano mais quente da história
O fenômeno climático El Niño se formou com um mês de antecedência e deve ser um dos mais fortes das últimas décadas. A informação foi divulgada ontem pela Administração Nacional de Atmosferas e Oceanos (NOAA, na sigla em inglês), órgão norte-americano que monitora o clima.
Aquecimento anormal do Pacífico
O El Niño é caracterizado pelo aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico, que afeta os padrões de chuva e temperatura em todo o mundo. Segundo a cientista Michelle L´Heureux, responsável pelo escritório de previsões climáticas El Niño/La Niña da NOAA, há 56% de chances de o fenômeno ser considerado forte e 25% de atingir proporções gigantescas.
Impactos no Hemisfério Sul
Durante o inverno, o El Niño deve ser sentido mais fortemente nos países do Hemisfério Sul. Entre os mais atingidos estão Brasil, Colômbia e Venezuela, bem como a Índia e a Indonésia. O centro climático alerta também que existe a possibilidade de 2023 bater um novo recorde de ano mais quente dos registros, com temperaturas superiores às registradas nos anos de 1998 e de 2016, anos especialmente quentes.
Recorrência mais curta da história
“Se este El Niño alcançar a categoria dos mais fortes será a recorrência mais curta do registro histórico”, afirmou Kim Cobb, cientista climática da Universidade de Brown, nos Estados Unidos (EUA). O cenário preocupa meteorologistas, já que o intervalo reduzido entre dois El Niños especialmente fortes deixa as comunidades com menos tempo hábil para se recuperarem de danos a infraestrutura, agricultura e ecossistemas provocados pelo fenômeno. Segundo o Banco Mundial, o El Niño de 1997 e 1998 custou 45 bilhões de dólares aos países mais afetados.
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