Região enfrenta elevação dos níveis de monóxido de carbono e aerossóis, colocando saúde pública em risco
Entre 24 de agosto e 22 de setembro, o norte do Rio Grande do Sul registrou um aumento alarmante de poluentes atmosféricos. O nível de monóxido de carbono (CO) subiu 95%, enquanto a concentração de aerossóis, pequenas partículas que carregam contaminantes, cresceu 174%, de acordo com um estudo conduzido pelos mestrandos Luana Pasquetti e Guilherme Peterle Schmitz, da Atitus Educação, sob coordenação do professor Alcindo Neckel. Os dados foram obtidos por meio do satélite Sentinel-5P.
Fontes de poluição e impactos
O monóxido de carbono, presente na fumaça de queimadas, e os aerossóis, partículas que podem ser absorvidas pelo corpo humano, estão diretamente relacionados ao aumento de problemas respiratórios. Neckel alerta que, apesar de uma leve queda nos níveis de CO em comparação à semana de 11 de setembro, quando o índice chegou a 250% acima da média dos últimos cinco anos, os atuais níveis ainda representam uma situação preocupante.
Mapa de poluição e previsões
O mapa gerado pelos pesquisadores mostra o deslocamento de uma grande nuvem de poluição em direção ao território gaúcho entre os dias 22 e 23 de setembro. Utilizando uma escala de cores que vai do azul (níveis mais baixos) ao vermelho (níveis mais altos), o mapa evidencia o avanço das emissões sobre a região. Neckel destaca que a previsão é de uma intensificação da poluição nos próximos dias.
Qualidade do ar e riscos à saúde
Na segunda-feira (23), a qualidade do ar foi classificada como insalubre pela agência IQ Air. Embora tenha havido uma leve melhora na terça-feira (24), o ar ainda é considerado prejudicial para grupos sensíveis, como crianças, idosos e pessoas com problemas respiratórios. A previsão indica que a qualidade do ar pode não melhorar até o início da próxima semana, com o último registro de ar "bom" sendo feito em 17 de setembro.
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