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Apesar da boa fase na Série C, Ypiranga tem a segunda pior média de público da competição

  • Foto do escritor: Andrei Nardi
    Andrei Nardi
  • 19 de jun.
  • 3 min de leitura

Clube levou em média 750 torcedores por jogo ao Colosso da Lagoa, mas registrou apenas 107 pagantes em cinco partidas; presidente e capitão lamentam falta de apoio

A boa fase do Ypiranga na Série C do Campeonato Brasileiro não tem se refletido nas arquibancadas do Estádio Colosso da Lagoa. Apesar de ocupar a terceira posição na tabela, o time de Erechim acumula a segunda pior média de público da competição após cinco jogos disputados como mandante.

No total, o Canarinho levou 3.748 torcedores ao estádio, o que representa uma média de 750 por jogo. No entanto, o número de pagantes é consideravelmente menor, somando apenas 107 em todas as cinco partidas. A maior parte dos ingressos é distribuída como cortesia ou através de uma parceria com a Prefeitura de Erechim, que permite ao clube oferecer até mil ingressos para famílias inscritas no Cadastro Único do município.

No ranking de público da Série C, o Ypiranga fica à frente apenas do Floresta-CE, que tem uma média de 137 torcedores por jogo. Na outra ponta, o Náutico lidera com uma média de 7.572 torcedores por partida.

Fatores para a baixa adesão

O presidente do clube, Adilson Stankiewicz, aponta uma combinação de fatores para explicar a baixa presença de público, apesar do bom desempenho da equipe. Ele cita o clima de inverno, com temperaturas baixas, e o horário noturno de muitas partidas como dificultadores.

Além disso, o dirigente destaca uma característica do torcedor local. “O interesse pelo jogos do Ypiranga se dá, principalmente, pelos meios de transmissão como streaming e rádio. Essa é uma característica do nosso torcedor. Nós temos 2,7 mil sócios. Se todos viessem, teríamos um excelente público, mas eles preferem ficar em casa e contribuindo com a mensalidade em dia”, afirmou Stankiewicz, que não esconde a decepção. “Precisamos do carinho do torcedor, aquele clima que só tem no estádio. Estamos em uma boa fase, então depois de uma grande vitória esperamos que haja aplausos e manifestações, coisa que não temos tido. Estamos lutando praticamente sozinhos no Colosso da Lagoa”, lamentou.

O reflexo dentro de campo

A ausência de público também é sentida pelos atletas. O goleiro e capitão do Ypiranga, Zé Carlos, comentou em entrevista coletiva na quarta-feira (18) que a falta de torcida impacta o ambiente do jogo.

“Faz muita falta ter o apoio do torcedor. Quando eu jogava no Floresta, iam 50 pessoas todos os jogos (...) é ruim, bem ruim. Ruim em todos os sentidos, não somente para nós jogadores do Ypiranga, porque não tem uma pressão no adversário, não tem pressão no juiz, principalmente na Série C que não tem VAR”, destacou o jogador.

Zé Carlos acredita que um eventual acesso de divisão poderia alterar a mentalidade do público, mas fez um apelo por mais apoio imediato. “Nós (jogadores) estamos tentando buscar coisas melhores para o clube. Um acesso é muito importante, mas precisamos de apoio. No final desse último jogo, eu falei para a rapaziada que nós ganhamos e não tem ninguém nos aplaudindo. Eu acho que é um fator cultural, mas podemos mudar essa realidade”, concluiu.

Público do Ypiranga na Série C

  • 2ª rodada - Ypiranga x Itabaiana: 717 torcedores (132 pagantes)

  • 4ª rodada - Ypiranga x CSA: 836 torcedores (163 pagantes)

  • 6ª rodada - Ypiranga x Náutico: 964 torcedores (133 pagantes)

  • 7ª rodada - Ypiranga x Tombense: 549 torcedores (61 pagantes)

  • 9ª rodada - Ypiranga x Confiança: 682 torcedores (49 pagantes)

O Ypiranga ainda tem cinco jogos a disputar no Colosso da Lagoa nesta primeira fase da Série C. O próximo confronto em casa será contra o Maringá, no dia 6 de julho, às 19h.

Pablo Nunes / Ypiranga
Pablo Nunes / Ypiranga

Com informações de GZH Passo Fundo

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