Campanha foca em saúde mental e convida a sociedade a falar sobre o sofrimento emocional e a necessidade de acolhimento e ajuda
Na véspera do Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, celebrado em 10 de setembro, a psicóloga Jordana Calcing participou do tradicional bate-papo, dentro do programa Escuta Aqui, da Rádio Sideral. sobre a importância da campanha do Setembro Amarelo. A campanha visa conscientizar a população sobre a prevenção ao suicídio e, principalmente, promover a valorização da vida e a saúde mental.
Jordana destacou que, embora o suicídio seja um problema complexo e presente em todas as faixas etárias e classes sociais, o foco da campanha é falar sobre a valorização da vida e o impacto da saúde mental no bem-estar diário. "Vivemos um momento histórico em que a saúde mental está sendo mais valorizada, mas também enfrentamos um período de sofrimento mental maior do que em outros tempos", afirmou a psicóloga.
Dados apontam que o índice de suicídio entre adolescentes é a quarta maior causa de morte para essa faixa etária, tendo crescido 29% entre 2011 e 2022. Jordana ressaltou a importância de se observar sinais de sofrimento, como isolamento social, automutilação e alterações comportamentais, que muitas vezes podem ser um pedido de ajuda.
Para a psicóloga, é essencial que as pessoas busquem ajuda quando se sentem mal. "O primeiro passo é aceitar que precisa de ajuda. Muitas vezes, só isso já pode fazer uma grande diferença", afirmou. Além disso, ela enfatizou que é necessário combater o estigma em torno das doenças mentais, acolhendo e ouvindo quem verbaliza o sofrimento, sem desqualificá-lo.
A campanha Setembro Amarelo é uma oportunidade para discutir e promover a saúde mental de forma mais intensa, lembrando que o cuidado deve ser constante durante todo o ano. "Precisamos desconstruir a ideia de que quem fala sobre suicídio não se mata. Quem fala, muitas vezes, está pedindo socorro", destacou Jordana.
Em Getúlio Vargas, a população pode contar com o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) para atendimento em casos de saúde mental, além do número 188 do Centro de Valorização da Vida (CVV), disponível para escuta e apoio emocional.
Ouça a entrevista na íntegra:
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