No espaço de discussão sobre saúde mental, Jordana Calcing esclarece os impactos do fanatismo em diversas áreas e como ele pode evoluir para transtornos mentais
Na entrevista do Escuta Aqui, na Rádio Sideral, desta segunda (26), a psicóloga Jordana Calcing abordou o tema do fanatismo, um comportamento que pode estar presente em diversas esferas da vida, como religião, política, esportes e até mesmo em fandoms de celebridades. Calcing destacou que, embora o fanatismo nem sempre seja classificado como um transtorno mental, ele pode trazer prejuízos significativos à vida das pessoas, especialmente quando ultrapassa os limites da racionalidade.
Fanatismo: Nem sempre uma patologia, mas um alerta para comportamentos extremos
Calcing esclareceu que o fanatismo, em sua forma mais leve, não se caracteriza como um transtorno mental. No entanto, pode se tornar preocupante quando começa a afetar a vida social e emocional da pessoa, levando a comportamentos rígidos, intolerância e incoerência. "O fanatismo se torna problemático quando a pessoa acredita tanto em sua verdade que sente o dever de eliminar qualquer visão contrária", explicou a psicóloga.
Os perigos do fanatismo exacerbado
Durante a conversa, um exemplo mencionado foi o assassinato de John Lennon por um fã, ilustrando como o fanatismo pode, em casos extremos, evoluir para ações violentas e irracionais. Calcing destacou que, nesses casos, geralmente há um transtorno mental subjacente que, combinado com o fanatismo, pode levar a atos extremos.
Impactos na vida social e mental
O fanatismo, mesmo em níveis não patológicos, pode causar sérios impactos na vida de uma pessoa. "Quando alguém é tão fanático que só busca informações sobre o objeto de sua devoção, ela pode acabar se isolando e alienando de outros aspectos da vida", afirmou Calcing. Ela destacou que isso pode levar ao afastamento social e a uma vida limitada pela obsessão.
Como ajudar alguém com comportamentos fanáticos?
Calcing apontou que abordar uma pessoa com comportamento fanático é um desafio, pois ela geralmente não reconhece o problema. A sugestão da psicóloga é tentar convencer a pessoa a buscar ajuda profissional por outros motivos, que ela possa aceitar mais facilmente. "Muitas vezes, o tratamento psicológico é essencial para que a pessoa compreenda suas motivações e os impactos desse comportamento", concluiu.
Encerramento e informações de contato
No final do programa, Jordana Calcing convidou os ouvintes a entrarem em contato para mais informações e sugerirem temas para futuras discussões. Seus contatos são pelo WhatsApp (54) 99102-8036 e nas redes sociais, onde é possível encontrar mais informações sobre saúde mental.
Ouça a entrevista completa:
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