19 de jul de 2023
Meteorologistas explicam ocorrência de ciclones no Rio Grande do Sul, perspectivas para as próximas semanas e meses, e ações governamentais para prevenção. Defesa Civil Estadual e Simagro intensificam trabalho de alerta e prevenção.
Segundo especialistas, a ocorrência de ciclones é comum no Rio Grande do Sul, especialmente no outono e inverno. Normalmente, esses sistemas se formam no oceano e não representam grandes riscos para a população, a menos que se aproximem da costa, gerando transtornos mais significativos.
Nos últimos meses, três ciclones atingiram o Rio Grande do Sul, resultando em chuvas intensas, ventos fortes e queda de granizo em diversas cidades gaúchas. O primeiro e o terceiro eventos foram os mais severos, enquanto o segundo causou danos menores.
As condições atmosféricas são o principal fator para a reincidência de ciclones em um curto intervalo de tempo. A presença de uma região de baixa pressão associada a um fluxo de umidade foi o que influenciou a formação desses sistemas climáticos.
A localização geográfica do Rio Grande do Sul, no extremo sul da América do Sul, está entre os fatores que contribuem para a ocorrência de ciclones. A proximidade com essa região propicia a passagem desses sistemas meteorológicos pelo Estado.
Embora os três ciclones recentes não estejam relacionados ao El Niño, especialistas alertam que esse fenômeno climático poderá influenciar o clima no Rio Grande do Sul no final do inverno e na primavera. Com a atuação do El Niño, a tendência é que ocorram chuvas fortes e tempestades mais intensas no Estado.
De acordo com boletins do Conselho Permanente de Agrometeorologia Aplicada do Estado do Rio Grande do Sul (Copaaergs) e do Simagro, é esperado um El Niño de forte intensidade no Estado durante o segundo semestre. Isso resultará em um aumento significativo na precipitação pluvial em todas as regiões gaúchas.
Os meteorologistas enfatizam que a primavera é um período de eventos climáticos severos, e a presença de um El Niño intenso pode intensificar esses fenômenos. Tempestades com ventos fortes, granizo e altos volumes de chuva em curtos períodos de tempo podem se tornar mais frequentes nessa estação.
Apesar da passagem de frentes frias, as temperaturas no inverno gaúcho devem se manter acima da média climatológica, de acordo com a Sala de Situação.
Existe a possibilidade de um novo ciclone na última semana de julho, porém, ainda não há confirmação. As autoridades estão monitorando a situação e emitirão alertas caso seja necessário.
A Defesa Civil emitiu alertas à população sobre a chegada dos ciclones e o governo tem prestado apoio aos municípios e às famílias afetadas. A Defesa Civil continua monitorando os reflexos dos ciclones, como possíveis inundações, e está intensificando as ações de prevenção para reduzir as consequências desses eventos climáticos.
Os especialistas destacam a importância da prevenção e do monitoramento contínuo. Através do Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos (Simagro), o governo está expandindo a rede de estações e desenvolvendo mecanismos de alerta para o setor agropecuário, buscando minimizar os prejuízos e evitar perdas humanas.